Pensamento: fonte criadora da vida

Por Carlos Gomes

Emmanuel no livro Roteiro, psicografado por Chico Xavier, afirma que as bases de todos os serviços de intercâmbio, entre os desencarnados e encarnados, repousam na mente. É no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de Espírito a Espírito.

Desta feita, para a evolução do Espírito faz-se mister traçar-se um roteiro para sua organização mental e esforçar-se em segui-lo, sem recuar.

O autor ainda reforça que os pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual.

Sendo energia viva, o pensamento desloca forças sutis, construindo paisagens ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, responsáveis pela emissão e recepção no ambiente. Essa lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida.

Cada criatura, continua Emmanuel, recebe de acordo com aquilo que dá e cada alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que situa a própria felicidade.

Em outro livro de sua autoria, “Pensamento e Vida” Emmanuel diz que: “a mente é o espelho da vida em toda parte.” Ele reforça que o pensamento é força criativa, a estertorar-se da criatura que o gera, por intermédio de ondas sutis, em circuitos de ação e reação no tempo.

A mente humana é considerada como um espelho de luz, emitindo raios e assimilando-os. Daí a necessidade da transformação do cérebro em preciosa usina de energia superior projetando reflexos de beleza e sublimação.

Joanna de Ângelis no livro Momentos de Saúde e Consciência, psicografado por Divaldo P. Franco confirma as informações de Emmanuel ao dizer que todos estão mergulhados num oceano de vibrações, de energia, de mentes, sendo afetados por esses conteúdos extra físicos, mesmo sem saber.

Segundo a autora todo ser humano é um instrumento de intercâmbio psíquico permanente. Emitindo e captando vibrações, ideias, energias mentais, sem cessar. Conforme o pensamento seja direcionado, sintoniza-se com outros da mesma qualidade gerando afinidade.

São as preferências psíquicas e emocionais que atraem ou repelem ondas correspondentes.

Espíritos desencarnados convivem com os encarnados comunicando-se mentalmente. Sem que se possa, na maioria das vezes, percebê-los, eles interferem na existência dos encarnados: ajudando-os, quando são bons ou perturbando-os, quando maus.

Espíritos de ordem superior querem se comunicar com os encarnados e partilhar sua sabedoria e o amor que já conquistaram, mas, para isso, é preciso fazer silêncio interior (mental).

Os próprios Espíritos da codificação disseram a Kardec na questão 460 de O Livro dos Espíritos que a alma (encarnada) é um Espírito que pensa e que muitos pensamentos que lhe ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto, às vezes até contraditórios são dos encarnados, mas também dos desencarnados.

Os primeiros pensamentos que ocorrem são dos encarnados, a partir deles sintonizam com tantos outros que lhes são sugeridos, por afinidade.

Não é diferente em relação aos grandes homens que revolucionaram as ideias do mundo, quebrando paradigmas e fazendo o mundo avançar.

Daí ser importante sempre lembrar (e acreditar) na resposta da questão 459: “a influência dos Espíritos em nossos pensamentos e ações é maior do que possamos suspeitar, pode-se dizer que muitas vezes são eles que nos dirigem.”

Conclui-se, então, que estar encarnado na oportunidade atual, é para que se eduque os pensamentos, melhorando as escolhas e conquistando a meta traçada e exemplificada por Jesus: amar a Deus, ao próximo e a si mesmo. Todo o resto são meios de se atingir esse fim.

REFERÊNCIAS:

FRANCO, D. P. (Joanna de Ângelis) Momentos de Saúde e de Consciência 3. ed. Salvador, BA:LEAL, 2022.

XAVIER, F. C. (Emmanuel) Pensamento e Vida 19. ed. Brasília, DF:FEB, 2017.

______________________ Roteiro 3. ed. Brasília, DF:FEB, 2018.

 

 


 

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